Teste do Coraçãozinho

O Teste do Coraçãozinho, também conhecido como oximetria de pulso, é um exame simples, rápido e indolor que pode salvar vidas. Ele deve ser realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento, ainda durante a internação na maternidade, mesmo que o bebê não apresente sinais ou sintomas aparentes.

O exame é feito com um sensor semelhante a uma pulseirinha, colocado no punho direito e em um dos pezinhos do bebê. Esse sensor mede a concentração de oxigênio no sangue e os batimentos cardíacos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os níveis de oxigênio devem ser iguais ou superiores a 95%. Valores abaixo desse índice podem indicar a presença de problemas cardíacos, que deverão ser investigados com exames complementares, como o ecocardiograma.

O teste leva menos de cinco minutos para ser realizado e permite detectar defeitos congênitos no coração, como comunicações entre câmaras cardíacas (“buracos”) ou alterações nas válvulas.

Em estudos realizados no Reino Unido, a aplicação do Teste do Coraçãozinho identificou cerca de 75% das alterações cardíacas em recém-nascidos. Quando associado a outros exames, como a ultrassonografia pré-natal e o ecocardiograma, a taxa de detecção subiu para 92%.

O Hospital Santa Lucinda realiza este exame de forma rotineira em seus pequenos pacientes, garantindo mais segurança para o início da vida.

Você sabia?

Cerca de 1 a 2 em cada mil recém-nascidos apresentam cardiopatia congênita crítica.

Segundo a SBP, aproximadamente 30% dos bebês com problemas cardíacos graves recebem alta sem diagnóstico adequado, pois nem sempre apresentam sopros ou outros sinais clínicos detectáveis ao exame físico.

A ausência de diagnóstico precoce pode levar a complicações graves, como choque cardiogênico (incapacidade do coração de bombear adequadamente), hipóxia (baixa oxigenação dos tecidos, especialmente do cérebro) e até mesmo óbito.

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