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ACOLHIMENTO E CUIDADOS NO PÓS-PARTO
O período pós-parto, também chamado de puerpério, compreende, em média, as seis semanas seguintes ao nascimento do bebê. Essa fase é marcada por intensas transformações no corpo, no humor e na rotina da mulher, agora adaptada aos cuidados com o recém-nascido. Ter acompanhamento adequado e suporte emocional nesse momento é essencial para o bem-estar da mãe e do bebê.
Esse período é fundamental para garantir a saúde e a qualidade de vida de ambos. A recuperação física e mental da mulher e os cuidados com o recém-nascido são pilares para o desenvolvimento saudável dessa nova etapa.
As recomendações incluem orientações sobre cuidados básicos com o bebê, manejo de situações comuns no puerpério, como dor perineal e ingurgitamento mamário durante a apojadura (descida do leite), e atenção à saúde da mãe. Medidas como o uso de uma dieta laxativa para tratar constipação são preferíveis ao uso indiscriminado de laxantes.
Além disso, é importante implementar ferramentas de triagem para detectar sinais precoces de depressão pós-parto e ansiedade, proporcionando suporte psicológico quando necessário. O acompanhamento regular e a criação de uma rede de apoio ajudam a tornar essa fase mais segura e acolhedora para a mulher e seu bebê.
CUIDADOS DURANTE A INTERNAÇÃO
Os cuidados maternos começam imediatamente após o parto e continuam durante a internação hospitalar, adaptando-se às mudanças de cada fase do puerpério.
Na primeira hora após o nascimento, período em que a mulher permanece na sala de parto ou recuperação, é crucial monitorar o sangramento vaginal, pois esse é o momento de maior risco para hemorragia. Além disso, sempre que possível, é incentivado o contato pele a pele e o início da amamentação. Essa primeira hora, conhecida como Golden Hour (hora de ouro), é essencial para o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê.
Durante a internação, que geralmente dura de 2 a 3 dias, a mulher recebe orientações sobre as principais alterações do pós-parto e os cuidados necessários, com o suporte de uma equipe multiprofissional: enfermagem, nutrição, fonoaudiologia e serviço social, também psicologia e terapia ocupacional quando necessário.
Principais Cuidados
Sangramento (Loquiação)
O sangramento uterino é normal e ocorre devido à cicatrização da área onde a placenta estava fixada. Nos primeiros 3 a 5 dias, é mais intenso e vermelho vivo, tornando-se progressivamente mais escuro, depois amarelo e, por fim, transparente.
É recomendado trocar os absorventes frequentemente, preferindo opções de algodão para reduzir o risco de infecções, especialmente nas primeiras duas semanas.
Mobilidade e Prevenção de Trombose
Assim que autorizado, é importante que a mulher se levante e caminhe no quarto para reduzir o risco de trombose, comum no puerpério, além de melhorar a constipação e aliviar desconfortos abdominais causados por gases.
Cólica Uterina e Recuperação
É normal sentir cólicas nos primeiros dias, especialmente durante a amamentação, devido à liberação de ocitocina, que ajuda o útero a se contrair e prevenir hemorragias.
O útero retorna ao tamanho normal ao longo de duas semanas, com uma redução média de 1 cm por dia, aliviando gradativamente o desconforto.
Cuidados com Cicatrizes
Após uma cesariana, a cicatriz deve ser lavada diariamente com água e sabão durante o banho e mantida seca. A cicatrização da pele geralmente ocorre em 7 a 10 dias.
Para partos normais, caso haja laceração ou episiotomia, pode ocorrer ardência ao urinar nos primeiros dias, mas melhora espontaneamente. É essencial lavar a região com água e sabão após cada ida ao banheiro, evitando o uso de papel higiênico para prevenir inflamações.
Inchaço Genital
No parto normal, o inchaço na região genital é comum e geralmente melhora em 2 a 3 dias de forma espontânea.
O período de internação é uma oportunidade para a mulher aprender sobre essas mudanças, com o apoio da equipe hospitalar, e se preparar para os cuidados no retorno ao lar. A atenção a esses detalhes contribui para uma recuperação mais segura e tranquila.
CUIDADOS DURANTE O PÓS-PARTO
Os cuidados iniciam-se ainda no hospital e devem ser mantidos após a alta, garantindo a saúde e o bem-estar da mãe e do recém-nascido. Confira as principais orientações para esse momento tão especial:
1. Amamentação
Manter uma boa hidratação, uma dieta equilibrada e o uso do polivitamínico recomendado pelo profissional de saúde são essenciais para uma recuperação saudável e uma adequada produção de leite. Amamentar consome cerca de 900 kcal por dia, por isso, o cuidado nutricional é fundamental.
Durante a internação, aproveite para tirar dúvidas sobre a pega correta do bebê, pois a sucção eficiente é crucial para estimular a produção de leite. O colostro, produzido nos primeiros dias, é rico em nutrientes e prepara o organismo do bebê para receber o leite maduro, que geralmente desce entre o 3º e o 5º dia após o parto. Caso enfrente dificuldades, procure ajuda profissional, como de consultoras de amamentação.
É importante evitar automedicação, pois muitos medicamentos podem afetar a qualidade e quantidade do leite.
2. Atividade Física
O retorno às atividades físicas depende do tipo de parto e da recuperação individual. Em partos normais, caminhadas leves podem ser retomadas após 2 semanas, enquanto cesáreas requerem mais tempo de recuperação. A fisioterapia pélvica pode ser indicada para fortalecer o períneo, reduzir a diástase abdominal e facilitar o retorno às atividades normais.
3. Retorno à Atividade Sexual
As relações sexuais podem ser retomadas após cerca de seis semanas, ou conforme a mulher se sinta pronta. Alterações hormonais e a nova rotina podem influenciar a libido e a lubrificação vaginal. O uso de lubrificantes ou hidratantes vaginais pode ajudar, mas o mais importante é respeitar o tempo e as emoções da mulher. Converse abertamente com seu parceiro e médico sobre o momento certo.
4. Planejamento Familiar
Para evitar uma nova gravidez indesejada, é essencial discutir métodos contraceptivos com o médico. Durante a amamentação, métodos que contenham estrogênio são contraindicados, mas há opções seguras, como anticoncepcionais à base de progesterona ou métodos sem hormônio.
5. Suporte Emocional
O apoio do parceiro e de pessoas próximas é crucial para lidar com as oscilações emocionais do puerpério. O baby blues, comum nos primeiros 15 dias, pode causar tristeza e choro fácil, mas costuma passar. Se os sintomas persistirem, é importante investigar a possibilidade de depressão pós-parto.
A nova rotina pode gerar insegurança e ansiedade, mas, com o tempo, a mãe se adapta e ganha confiança. Caso os sentimentos de tristeza ou desânimo interfiram no cuidado com o bebê, procure ajuda médica.
6. Retorno ao Peso
É normal perder entre 4,5 e 5 kg logo após o parto devido à saída do bebê, placenta e líquido amniótico. Nos primeiros 10 dias, mais 1,5 a 2 kg podem ser eliminados pela retenção de líquidos. Para uma perda de peso saudável, recomenda-se paciência e, se necessário, o acompanhamento de um nutricionista.
7. Sinais de Alerta
Alguns sintomas requerem atenção imediata, procure o hospital se:
· Sangramento intenso com coágulos ou odor fétido. · Febre acima de 37,8°C. · Dor abdominal forte. · Alterações na cicatriz da cesárea (vermelhidão, dor ou secreção). · Endurecimento, dor ou vermelhidão nas mamas. · Ardência ao urinar. · Falta de ar, dor no peito ou inchaço e dor nas pernas. · Sentimentos intensos de tristeza ou cansaço extremo.
DICA ÚTIL:
Aproveite esse período para se conectar com seu bebê, peça ajuda sempre que necessário e respeite os sinais do seu corpo. Este é um momento único que, com os cuidados adequados, será repleto de aprendizado e descobertas.

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